Quando se tem ojeriza por alguma pessoa, normalmente há demonstração de má vontade ou tentativa de evitar qualquer aproximação. Por exemplo, ojeriza pelo vizinho, ojeriza por um político, etc.
Confira alguns exemplos de frases:
Tenho ojeriza a seres humanos que maltratam os bichos.
Os estudantes da área biológica têm ojeriza a cálculo.
Vocês são maus exemplos a seguir. Despertam ojeriza.
Tenho ojeriza ao verão, pois sinto muito calor.
Ela teve uma crise de ojeriza quando viu sair um rato enorme da padaria.
Marcos tem ojeriza por tomate, é melhor nem colocar esse alimento na salada.
Por acaso ela tem ojeriza de mim? Cada vez que ela me olha, uma careta aparece em seu rosto.
O menino tinha ojeriza particular à madrinha, a quem não podia encarar.
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"A ponto de" ou "Ao ponto de" 📙📙
Usamos “a ponto de” quando quisermos expressar o sentido de “prestes a”, “na iminência de” ou “de tal modo que”. Por exemplo, a ponto de chorar, a ponto de cair, a ponto de acontecer. Observe as frases:
Maria está a ponto de perder o controle com essa situação.
Guilherme está a ponto de começar a chorar.
Ele estava a ponto de morrer afogado.
Eu estava a ponto de perder a paciência.
O professor está a ponto de explodir.
Já a expressão “ao ponto de" ou simplesmente "ao ponto" é usada quando a palavra “ponto” é um substantivo, como mostram os exemplos.
O motorista voltou ao ponto de partida. (ao local de início)
Quero meu hamburguer ao ponto. (nem cru, nem muito cozido)
A água já chegou ao ponto de ebulição? (temperatura de ebulição)
Observe que a expressão "ao ponto de" não apresenta um sentido próprio. Ela aparece sempre depois de um verbo regido pela preposição "a" (voltar a, chegar a,...), motivo pelo qual ocorre a contração dessa preposição com o artigo definido "o", que define o substantivo ponto: a + o = ao.
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Vírgula antes do "etc"
Na visão gramatical moderna, o uso da vírgula antes do “etc.” é facultativo. Por exemplo, o dicionário Aurélio, na versão eletrônica, cita o seguinte exemplo:
Comprou na feira legumes, verduras, frutas, etc.
Alguns gramáticos consideram o uso da vírgula antes de “etc.” um erro, em virtude do conectivo “e” que já está implícito. Porém, outros veem a vírgula como elemento necessário, pois consideram que com o passar do tempo o “etc.” tornou-se um elemento enumerativo. Por essa razão, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, VOLP, apresenta o “etc.” precedido de vírgula.
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Como usar o "etc." 📚📚
O termo “etc.” é abreviatura da expressão latina et cetera, que significa “e outras coisas”. É empregado com o sentido de "e assim por diante", "e o resto", ou seja, para indicar que outras coisas devem ser subentendidas. Por exemplo:
Guilherme foi ao mercado e comprou tomates, bananas, maçãs, etc.
Nesse caso, o "etc." indica que Guilherme comprou os itens citados e mais outras coisas, as quais não têm necessidade de serem citadas na frase. Imagine se tivéssemos que enumerar todos os 30 itens que Guilherme comprou! Seria um tédio para o leitor.
Muitas vezes, o "etc." é escrito ou pontuado incorretamente. Vamos aprender então os cuidados que devemos tomar ao usá-lo.
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Joaquim Maria Machado de Assis, nascido em 1839, é considerado o maior nome da literatura nacional. Foi poeta, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista e crítico literário. Sua obra constitui-se em nove romances e peças teatrais, 200 contos, cinco coletâneas de poemas e sonetos e mais de 600 crônicas. Morreu em 1908, aos 79 anos de idade.
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"Ao verme
que
primeiro roeu as frias carnes
do meu cadáver
dedico
como saudosa lembrança
estas
Memórias Póstumas"
É assim que Machado de Assis começa essa maravilhosa história.
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Descrição do livro
Como ler Machado de Assis (1839-1908), o grande escritor brasileiro, autor de uma obra tão rica quanto múltipla, que tanto disse sobre o Brasil e sobre a natureza humana? Esta nova edição de Casa Velha tem o objetivo de auxiliar o leitor a penetrar no mundo e a conhecer a mente de Machado de Assis. Além de notas abundantes e de fácil compreensão, traz um farto material que possibilita um melhor entendimento sobre o autor e sua obra: uma biografia, uma cronologia, um panorama cultural do Rio de Janeiro e um mapa da época.
O autor nunca chegou a ver “Casa Velha” publicado em formato de livro, o que ocorreu somente em 1944. Lançado em 25 episódios entre 1885 e 1886 na revista carioca A Estação, este texto sempre foi um enigma para estudiosos e leitores. Classificado ora como romance, ora como conto, Casa Velha narra a polêmica história de um amor incestuoso a partir das lembranças de um padre, que faz um balanço das perdas e ganhos dessa paixão. Por meio dessa obra, Machado de Assis sugere que há um grande paralelo entre as esferas públicas e privadas da vida e mostra como um drama familiar pode ser um retrato acurado do Brasil do século XIX.
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Descrição do livro
Como um grande contista, Machado de Assis escreveu cerca de 200 contos em toda a sua carreira. Um desses contos é As Bodas de Luís Duarte, que faz parte do livro Histórias da Meia-Noite, publicado pela primeira vez em 1873.
No enredo, Luís Duarte está no dia de seu casamento com Carlota Lemos. A história é contada em apenas um dia, e gira em torno do festejo. Tudo é contado de forma maravilhosa, como o casamento dos sonhos de qualquer pessoa. Mas no fundo, analisando as palavras escritas por Machado de Assis, pode-se perceber certa ironia em grande parte do que é escrito, típico do autor.
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Ojeriza
É um sentimento de repulsa, má vontade, aversão, antipatia, normalmente gerado pela intuição, por uma percepção, um ressentimento. A ojeriza é um sentimento reativo do ser humano. É uma pulsão que se desenvolve de forma inconsciente, sendo muitas vezes resultado de um comportamento desenvolvido sobre determinados preconceitos.
É possível sentir ojeriza por uma pessoa, por um alimento, por um animal, etc. Por exemplo, uma pessoa que tem ojeriza por goiaba, ao ouvir falar desta fruta, instintivamente irá mudar a expressão facial, fazendo uma careta para demonstrar a sua aversão.
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O que é incorreto?
Uso da expressão "e etc."
Como já apresenta o elemento “e” em sua forma original, o “etc.” não deve ser usado com tal conectivo (e). Por exemplo:
Comprei laranjas, limões, melancias e etc. (incorreto)
Uso de reticências
Não se deve empregar “etc...”, ou seja, “etc” seguido por reticências, pois ambos são utilizados para informar ao leitor que a enumeração é exemplificativa. Portanto, use um ou o outro.
Fomos ao teatro, visitamos o museu, passeamos pelo parque, etc.
ou
Fomos ao teatro, visitamos o museu, passeamos pelo parque...
Uso de "etc." para pessoas
Não use “etc.” quando fizer referência a pessoas. Lembre-se que seu sentido é “e outras coisas”, não "e outras pessoas". Por exemplo:
Falei com Lucas, Maurício, Carlos, etc. (incorreto)
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O que é correto?
Usar um ponto após o "etc"
Por ser uma abreviação, o termo "etc" deve ser seguido por um ponto à direita. Quando o "etc." estiver no final de uma frase, não devemos duplicar o ponto. Exemplos:
O homem vendia balas, chocolates, pirulitos, etc.
Procure um lugar tranquilo para estudar, sem qualquer tipo de distração, como computador, celular, televisão, etc.
Comprei arroz, feijão, batata, etc. no mercado e depois fui à feira.
Nesse último exemplo, seria como dizer "Comprei arroz, feijão, batata e outras coisas no mercado e depois fui à feira".
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"Comecei a pertencer a mim mesma, quando deixei de lado tudo que me limitava e reconstruí minha vida, os valores, a ética, os pontos de vistas e os conceitos. Às vezes, é preciso zerar para melhorar ou consertar. Assim, eu fiz."
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É após a morte que Brás Cubas decide narrar suas memórias. Nesta condição, nada pode suavizar seu ponto de vista irônico e mordaz sobre uma sociedade em que as instituições se baseiam na hipocrisia. O casamento, o adultério, os comportamentos individuais e sociais não escapam à sua visão aguda e implacável, nesta obra fundamental de Machado de Assis.
O mais importante romance brasileiro de todos os tempos. Moderno avant la lettre, revolucionário na forma fragmentária, no tempo narrativo não-linear, no estilo realista-irônico, é ao mesmo tempo um dos mais agudos retratos das elites brasileiras ?
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Descrição do livro
Helena – Filha bastarda do conselheiro Vale, a jovem e bela Helena é reconhecida por ele em testamento e passa a viver na mansão da família. Só então conhece Estácio, apresentado a ela como seu irmão. Mas entre eles despertou o amor. E agora?
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Descrição do livro
O que aconteceria se o Diabo resolvesse fundar uma igreja, liberando ali a prática dos sete pecados capitais? E se, graças à facilidade da sua Igreja, que dá abertura à pregação de uma doutrina subversiva, o homem se voltasse novamente para o caminho da virtude divina? Por essa o Diabo não esperava! Essa é a história de “A Igreja do Diabo”, obra de Machado de Assis. Muito divertido e interessante, ao melhor estilo machadiano, trata-se de um romance feito para prender a atenção do leitor e dar asas à imaginação.
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