DESTAQUE | *Monstro da Alma, Inimigo da Mente: Violência do Estado e a Juventude Brasileira*
O relatório do Atlas da Violência 2024 revela um aumento nas mortes violentas, impactando sobretudo a juventude negra e periférica.
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OPP 88: fortalecer a esquerda revolucionária!
O PODER POPULAR Nº 88 (NOVEMBRO/DEZEMBRO 2024)
Matérias:
Página 2: EDITORIAL – Fortalecer o caráter revolucionário da esquerda para derrotar a direita e a extrema-direita
Página 3: Glauber fica! Fora Lira!
Página 4: Unidade Classista – em defesa do direito de greve!
Página 5: CFCAM – Aborto legal e seguro já!
Página 6: II Encontro de Lutadores e Lutadoras em Jaguarana-CE
Página 7: Agroecologia, resistência e transformação
Página 8: Memória Viva – Horacio Macedo
Página 9: Toda Solidariedade a Cuba!
Página 10: Atualidade do Pensamento de Lenin (4) – Os Sovietes e a Revolução de Outubro de 1917
Página 11: Declaração dos PCs – solidariedade aos povos da Palestina e do Líbano
Página 12: Apoie a Fundação Dinarco Reis!
Conselho Editorial (Comissão Nacional de Comunicação do PCB): Edmilson Costa, Antônio Lima Jr., Fabio Bezerra, Lucas Silva MTB 0092795, Nathália Mozer, Renata Regina, Ricardo Costa, Roberto Arrais (jornalista responsável – 985/DRT – FENAJ).
Colaboradores desta edição: Comissão de Assuntos de Relações Internacionais da UJC, Coordenações Nacionais do CFCAM e da Unidade Classista, Eduardo Serra, OPA – Organização Popular, Mava, Milton Pinheiro, Muniz Ferreira, Silvio Rodriguez e Solidnet.
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Читать полностью…55 anos sem Marighella: um homem chamado revolução
Carlos Marighella foi talvez o maior guerrilheiro na luta contra a Ditadura Empresarial-Militar (1964-1985), sendo considerado “O inimigo n° 1 do governo” nessa época. É fundamental a compreensão a respeito de sua importância não apenas no movimento comunista do país, mas também como uma história para todos os lutadores sociais se inspirarem na luta contra a classe dominante e seus agentes da ordem.
Marighella nasceu em 5 de dezembro de 1911 em Salvador, filho de Augusto Marighella, um imigrante Italiano, e Maria Rita do Nascimento, uma baiana filha de ex-escravizados sudaneses, que sempre foi influenciado na leitura pelo pai, inscreveu-se para o primeiro ano em 1925 no colégio Carneiro Ribeiro. Após treze anos, mudou-se para o Ginásio da Bahia, onde ficou conhecido por responder às provas de física com versos.
Em 1930, Getúlio Vargas ascende ao poder a partir de um golpe articulado pelas elites gaúchas e mineiras. Anos mais tarde, em 1937, o então presidente dá um novo golpe para proteger seus próprios interesses, alegando a existência de uma “ameaça comunista” – um elemento de coesão para obter apoio da classe dominante – e institui um governo ditatorial conhecido como “Estado Novo” (1937-1945).
Diante desse cenário, em 1932, o revolucionário foi preso pela primeira vez por escrever um poema contendo críticas ao interventor do Estado da Bahia, Juracy Magalhães. Mais adiante, em 1936, foi preso novamente, sendo torturado pela polícia, a qual servia Filinto Müller; foi solto no mesmo ano, através da “macedada” – medida tomada pelo então Ministro da Justiça, José Macedo Soares, visando a libertar os presos sem condenações. Em 1939, Marighella é mais uma vez detido por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), onde foi torturado mas se recusou a fornecer informações da atuação dos militantes comunistas, e por isso ficou 6 anos encarcerado, tendo passado pelos presídios de Fernando de Noronha e Ilha Grande.
Com a queda de Vargas, em 1945, os presos políticos obtiveram sua anistia, assim como a retomada de seus direitos políticos. Com efeito, Marighella é eleito Deputado Federal, representando o PCB pela Bahia, compondo a Assembleia Nacional Constituinte, em 1946, ao lado de expoentes como Luís Carlos Prestes, Gregório Bezerra e Jorge Amado.
Contudo, em 1947, o PCB é posto novamente na ilegalidade, e, dessa forma, os parlamentares comunistas, incluindo Marighella, tem seus mandatos cassados, atentando para a emersão do tenso contexto de polarização na Guerra Fria. Nesse período, o revolucionário conheceu a China maoísta, a União Soviética e, posteriormente, Cuba, possibilitando uma melhor análise sobre as experiências socialistas.
Posteriormente, na madrugada do dia 31 de março para o dia 1° de abril de 1964, o então Presidente da República, João Goulart, é deposto pelas Forças Armadas, com apoio das forças estadunidenses na chamada “Operação Brother Sam”, sob a alegação na qual havia ameaças de instituição de um estado socialista no Brasil. Os militares então dão início à Ditadura Empresarial-Militar (1964-1985), atendendo não somente aos interesses da burguesia brasileira, mas sobretudo do imperialismo estadunidense, que avançava em toda a América Latina.
Em sequência ao Golpe Militar, em 9 de maio de 1964, Carlos Marighella foi detido por agentes do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) dentro de um cinema – repleto de civis – no Rio de Janeiro. Reagiu à prisão e protestava gritando: “abaixo a Ditadura Militar fascista” e “viva a democracia”, recebendo, após isso, um tiro à queima-roupa no peito. Após ser baleado, Marighella é levado ao Hospital Souza Aguiar para, enfim, ser preso na Penitenciária Lemos Brito, onde ficou encarcerado por cerca de 3 meses, quando conseguiu um habeas corpus, em 31 de julho daquele ano.
DENÚNCIA | A Rede Samidoun, que luta pela libertação dos prisioneiros palestinos, foi alvo de censura após ser sancionada pelos EUA e Canadá. Suas contas no Instagram foram removidas, em mais uma tentativa de silenciar as vozes que denunciam o genocídio em Gaza e a ocupação israelense. A ação das Big Techs, como a Meta, se alinha às políticas de repressão contra movimentos antissionistas e anti-imperialistas.
🇵🇸 Nós, da UJC e do PCB, expressamos nossa total solidariedade à Samidoun e ao povo palestino. Seguiremos mobilizados para denunciar o genocídio e exigir o rompimento das relações do Brasil com o Estado genocida de Israel. Palestina livre e soberana do Rio ao Mar!
🌐 Leia a matéria completa em ujc.org.br
🔗 Link disponível na bio da @ujc.nacional
#Palestina #Samidoun #Meta #Instagram #Sionismo #Israel
#ParaTodosVerem Card retangular com fundo vermelho, contendo logo amarelo do Partido Comunista Brasileiro no canto superior esquerdo. Em branco, título "Nota Política do PCB", na parte superior. Ao centro, subtítulo, em branco, "Eleições 2024". Abaixo, em amarelo e caixa alta, os dizeres "Fortalecer o caráter revolucionário da esquerda para derrotar a direita e a extrema-direita". O fundo do card contém imagem de militantes na rua com uma faixa horizontal vermelha com os dizeres "Lutar, criar Poder Popular". Fim da descrição.
Читать полностью…📚 Participe da 3ª Aula do Ciclo Básico de Formação Política da UJC!
🔎 Tema: Economia Política
📖 Discussão sobre o texto "Trabalho Assalariado e Capital", de Karl Marx.
💬 Nesta formação, Rodrigo Castelo, professor da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), membro do Grupo de Trabalho sobre Teoria Marxista da Dependência (TMD) da Sociedade Brasileira de Economia Política (SEP) e editor da revista Germinal: Marxismo e Educação em Debate, abordará pontos fundamentais do texto de Marx para entender a relação entre o trabalho assalariado e o Capital.
🎙️ Mediação: Eduardo Matos, militante da UJC no Rio de Janeiro.
📅 Data: 26 de outubro (sábado).
⏰ Horário: Das 10h às 12h.
▶️ Transmissão ao vivo no YouTube:
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📝 Caso não tenha se inscrito anteriormente, preencha o formulário disponível no link abaixo para receber o material desta formação e acompanhar as próximas:
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✍️ "Sem teoria revolucionária, não pode haver movimento revolucionário" – Lênin.
#MarxismoLeninismo #Comunismo #UJC #PCB
Às vésperas de mais um mês de novembro, o Brasil recebeu uma das muitas respostas que precisa receber sobre a violência brutal que chocou o país e o mundo no dia 14 de março de 2018.
No dia 31 de outubro de 2024, os assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes foram, enfim, condenados. Seis anos e sete meses após o crime, a justiça burguesa aplicou a sentença tão aguardada. O CNMO esteve presente no ato promovido pelo Instituto Marielle Franco no Rio de Janeiro após a decisão judicial. Estiveram presentes familiares, amigas, companheiras, mães de vítimas da violência de Estado e demais militantes exigindo direito a vida e justiça pelas vítimas desse sistema racista e classista.
Seguiremos acompanhando os próximos passos dessa saga que não chegou ao fim. Os mandantes Chiquinho e Domingos Brazão, além de Rivaldo Barbosa e outros envolvidos, ainda serão julgados pelo STF.
Como foi dito por familiares e companheiras de Marielle: Justiça mesmo seria se esse dia não precisasse existir, se Marielle estivesse aqui conosco, barrando o avanço das milícias, da direita e do neoliberalismo sobre nossas vidas.
Lutamos para que existam muitas Marielles nesse mundo, mas que não sejam interrompidas como nossa companheira foi.
Marielle presente! Anderson presente!
Hoje e sempre.
Coletivo Negro Minervino de Oliveira
O revolucionário vinha de uma sequência de divergências com a tática adotada pelo PCB à época, sobretudo na forma de ação contra a repressão. Nesse aspecto, após participar da 1ª Conferência da Organização Latino-Americana de Solidariedade (OLAS), em agosto de 1967, sem a permissão do PCB, Marighella é afastado definitivamente do Partido Comunista Brasileiro.
Nesse contexto, publica um documento denominado “Pronunciamento do Agrupamento Comunista de São Paulo”, no qual o guerrilheiro não apenas expõe os fatores responsáveis por levá-lo à dissidência com o Partido, como também anuncia a criação de uma nova articulação visando à luta armada contra os opressores. Assim, é fundada a “Ação Libertadora Nacional”, em julho de 1968.
Mais adiante, em setembro de 1969, a “Dissidência Comunista da Guanabara” (DI-GB) – futuro “Movimento Revolucionário 8 de Outubro” (MR-8) – idealizou e concretizou, com o comando político da ALN, um sequestro do Embaixador dos Estados Unidos, Charles Burke Elbrick, exigindo para sua libertação a soltura de 15 presos políticos e a leitura em rede nacional de um manifesto de denúncia contra a ditadura.
Dessa forma, após uma reunião entre os militares, os representantes diplomáticos dos EUA e os órgãos de segurança, o governo resolve acatar os pedidos dos revolucionários, mesmo já sabendo seu esconderijo e, inicialmente, pretendendo matá-los. Desse modo, logo em sequência ao desembarque dos presos políticos no México, o embaixador é solto próximo ao Estádio do Maracanã, na saída de um jogo entre o América e Fluminense, para que, camuflados na torcida, os militantes fugissem.
Entretanto, em novembro de 1969, após os freis Fernando e Ivo (ligados ao revolucionário) serem detidos e torturados pelo DOPS, é programada uma emboscada visando a prisão do guerrilheiro. Com isso, é marcado um encontro em um fusca azul, na Alameda Casa Branca em São Paulo, em 4 de novembro. Diante disso, Marighella chega ao local e, ao entrar no carro, é cercado por policiais, comandados pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, que tiram os religiosos do veículo e executam Carlos Marighella – que se encontrava desarmado – a tiros, alegando, posteriormente, um confronto.
Marighella e a história de sua luta foram – permanece sendo – exemplos para milhões de brasileiros que resistem. Ele pode ser caracterizado como um dos maiores – se não o maior – revolucionário da história do país, tendo sido considerado pelo governo militar como “o inimigo público número um”.
MARIGHELLA VIVE PORQUE VIVEMOS!
POR MEMÓRIA, VERDADE E JUSTIÇA!
PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO - PCB
Fortalecer o caráter revolucionário da esquerda para derrotar a direita e a extrema-direita
As eleições municipais no Brasil, no primeiro turno, foram marcadas pela vitória expressiva das forças de direita e extrema-direita, que conquistaram mais de 90 milhões de eleitores e mais de 4.700 prefeituras, enquanto as forças de centro-esquerda obtiveram apenas cerca de 22 milhões de votos e pouco mais de 700 prefeituras. Além disso, das 103 cidades com mais de 200 mil habitantes, em 51 delas as eleições foram decididas no primeiro turno, com a direita vencendo na maioria.
(...) Passados dois anos da posse de Lula, as pesquisas demonstram que uma fatia considerável do eleitorado brasileiro ainda tem se associado ao pensamento conservador.
O desemprego oficial e oculto atinge mais de 10 milhões de trabalhadores/as, e a informalidade atinge também mais de 39 milhões dos/as que compõem a força de trabalho.
(...) Construir o trabalho de base no rumo do poder popular e do socialismo
Para além das eleições, os comunistas acreditam que a esquerda deve resgatar seu papel revolucionário com a radicalidade que a conjuntura e a luta de classes exigem. Não se combate o neofascismo com conciliação de classes e com subserviência ao sistema. Do contrário, a população vai continuar sendo enganada pela direita e extrema-direita e votando equivocadamente nos seus inimigos, pensando que estão votando contra o sistema.
Está na hora de enfrentar a direita e a extrema-direita com trabalho de base, fazer a disputa política e ideológica com mobilização nas ruas, nos locais de trabalho e moradia, com a denúncia das mazelas do capitalismo e propostas que falem diretamente sobre as necessidades reais da população. A esquerda deve buscar com ousadia e unidade de ação se constituir em uma alternativa real de força, anunciando as mudanças necessárias para a construção do poder popular no rumo do socialismo. Só assim poderemos derrotar a direita e a extrema-direita nas eleições e na luta de classes.
Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB)
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#PCB102anos #PoderPopular #Partidão #Eleições2024
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#UJC #PCB #UniãodaJuventudeComunista #PartidoComunistaBrasileiro #JuventudeComunista #PoderPopular
120 ANOS DE LAUDELINA DE CAMPOS MELLO - O "TERROR DAS PATROAS"
Em 12 de outubro de 1904 nascia Laudelina de Campos Mello, trabalhadora doméstica, sindicalista, militante do movimento negro e comunista.
Marcada pela superexploração de nossa terra, Laudelina inicia sua vida de trabalho aos 7 anos dentro da categoria do trabalho doméstico, seguindo os passos de sua família. Seu empenho político começa no Clube 13 de maio, que promovia atividades políticas e recreativas para a população negra.
Em 1924, muda-se para Santos e em 1936 filia-se ao PCB, fundando no mesmo ano a primeira Associação de Trabalhadores Domésticos. Contribuiu também com o maior movimento negro até então da história, a Frente Negra Brasileira.
Mudando-se novamente, agora para Campinas, sua luta contra a exploração do trabalho doméstico e contra a opressão do povo negro resultam no apoio do Sindicato da Construção Civil para a fundação da Associação Profissional Beneficente das Empregadas Domésticas, em 1961.
Após anos de luta contra patrões e patroas e trazendo milhares de trabalhadoras para a associação, em 1988 sua fundação torna-se o Sindicato das Empregadas Domésticas e seu legado continua em atividade até os dias de hoje.
Em 12 de maio de 1991 vem a falecer, com seu corpo já marcado pelos 86 anos de exercício militante, mas seus ideais continuam presentes no movimento da classe trabalhadora.
A Unidade Classista de Santos orgulha-se em carregar o nome e a imagem da Laudelina, mantendo viva sua memória histórica como exemplo de luta pela causa da humanidade.
Camarada Laudelina, Presente! Hoje e SEMPRE!
UNIDADE CLASSISTA, FUTURO SOCIALISTA!
Comitê Laudelina de Campos Mello.
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* Link com informações importantes sobre a trajetória de Laudelina e também para acessar o seu documentário lançado em 2015: https://www.geledes.org.br/laudelina-campos-de-melo-heroina-negra-que-lutou-para-garantir-direitos-as-domesticas-no-brasil/?noamp=available
* Assista no nosso canal no YouTube a live que fizemos com a professora Elisabete Pinto e Karen Anisia, estudante e militante do Coletivo Negro Minervino de Oliveira, onde é debatida a intensa vida de luta de Laudelina Campos Mello: https://youtu.be/nGT9uosmFqU