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Dua Lipa Lately+

04 Apr 2025 15:24

#CRÍTICA: A Rova NZ comentou sobre a primeira noite da “#RadicalOptimismTourNZ” em Auckland, elogiando a evolução da performance de Dua Lipa, assim como seu crescimento vocal ao longo da carreira. O portal de notícias também comparou os figurinos da artista aos das Spice Girls, destacou a forma como ela reinventa suas músicas durante o show e ressaltou que a cantora conquista fãs de todos os públicos.

Não sou a fã mais fervorosa de Dua Lipa que você vai conhecer, mas sempre houve duas coisas que realmente amei nela.

Primeiro, ela foi impiedosamente intimidada por ser uma péssima dançarina no início de sua carreira e se vingou treinando até se tornar uma das melhores do ramo.

E dois, ela manteve isso bem real apesar de seu sucesso incrível. Ela se recusou a atender às demandas usuais de estrelas pop para fornecer drama, revelar detalhes suculentos de sua vida pessoal e dá uma energia de grande diva o tempo todo. Ela deixa o talento puro falar.

Ela é uma garota festeira de Londres em primeiro lugar e uma artista vencedora do Grammy em segundo.

Há muita coisa para se surpreender na turnê ‘Radical Optimism’ de Dua: canhões explodindo com pétalas de rosas, glitter, confetes e fogos de artifício desde a primeira música (‘Training Season’, uma de suas melhores na minha opinião), coreografia concisa que é de alguma forma sexy, exagerada, boba e de classe mundial ao mesmo tempo, um cenário que transformou a Spark Arena em um local de nível residencial em Las Vegas, com vários níveis, passarelas e gráficos que transportam você para uma série de mundos diferentes.

E, claro, tem a própria Dua Lipa. Esteticamente falando, a mulher é uma DEUSA. Ela não tem mais que 1,73 m, mas parece uma amazona lá em cima, seduzindo sem esforço seu público com aqueles membros longos que as pessoas costumavam chamar de rígidos e desajeitados, chicoteando sua juba de cabelo escuro, pavoneando-se no palco como uma maldita supermodelo. Seus figurinos deveriam estar na primeira página do manual ‘Como ser uma estrela pop’.

E ainda assim, ela realmente sabe cantar.

É difícil entender onde ela respira, mas você pode imaginar que ela precisa fazer isso para entregar vocais elegantes que alternam perfeitamente entre poderosos, suaves, emocionantes e festeiros.

Dua é para ele, ela, gay e eles - e os diferentes capítulos de seu programa realmente provaram que havia algo para todos.

Mas em outros momentos do show, Dua fez questão de nos confirmar que ela é de fato uma pessoa real, uma mera mortal que está ali na sala com você.

Ela vagou pela primeira fila para conferir o público, pegou emprestado um casaco de pele de um membro da plateia (que combinava perfeitamente com sua roupa para não ser uma armação) e até autografou o braço de um fã para uma futura tatuagem.

O lance com grandes músicas pop é que você já as ouviu um milhão de vezes, então é sempre emocionante quando um artista encontra uma maneira de retrabalhá-las e trazer algo novo para os sucessos que você conhece de cabo a rabo. Dua fez isso liberando seu lado raver sujo, adicionando breakdowns techno, lasers e drops fortes que não ficariam fora do lugar na boate Fabric de Londres.

De alguma forma, ela consegue fazer isso e ainda consegue cantar ‘Dance the Night’, sua contribuição para a trilha sonora do filme ‘Barbie’.

Algumas pessoas sugerem que os movimentos e letras de Dua são muito sexy para crianças pequenas, mas assistir essa garota ter sua mente minúscula explodida pela magia de toda a experiência me lembrou de como eu me sentia sobre as Spice Girls quando eu tinha a idade dela. Eu não entendi nenhuma das insinuações na época, eu simplesmente amei a ousadia, os movimentos de dança, a música e a alegria - tudo o que Dua comprou em massa para cerca de 12.000 Kiwis ontem à noite.

As Spice Girls andavam para que Dua Lipa pudesse correr, e ouso dizer que ela pode ter tanto poder feminino quanto todas as cinco.