Cajuí – Da conservação do Cerrado à cena gastronômica da capital federal
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O cajuzinho do Cerrado é mais um exemplo de como o agroextrativismo é uma chave na conservação do cerrado. Para isso é preciso fortalecer a cultura alimentar como fundamento da gastronomia.
Processamento cajuzinho do Cerrado durante Curso com Dona Fióta realizado em maio de 2019, em parceria com Ana Paula Boquadi. crédito: Niklas Stephan
O cajuí é do tamanho de um polegar e, quando maduro, de cor intensa e brilhante entre laranja e vermelho. As características sensoriais do cajuzinho do cerrado são muito apreciadas na gastronomia. Acidez e doçura equi...
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A comida fala
Slow Food Brasil (RSS)
A temática aqui trazida contempla muito da riqueza de reflexões experienciadas a partir da disciplina de Antropologia da Alimentação, ministrada em 2021, conjuntamente no curso de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e no curso de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pelotas. Isso se manifesta na própria distinção entre alimento e comida, trazida por DaMatta (1987), na perspectiva do alimento como algo universal, geral, enquanto a comida, por sua vez, “[…] manifesta especificidades, estabelece identidades”, relacionando-se diretamente à cultura, conforme destacam Amon e Menasche (2008, p. 15).
No dia a dia, manifestamos esses usos de modo espontâneo. Ao elogiarmos um prato saboroso, por exemplo, não diríamos “que alimento gostoso”, mas sim, “qu...
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Comida, Comunidade e Regeneração
Slow Food Brasil (RSS)
Regeneração é o tema do Terra Madre – Salone del Gusto 2022, que tem como objetivo ressaltar o protagonismo da agricultura familiar camponesa, dos povos e comunidades tradicionais na produção de alimentos visando a segurança alimentar e nutricional e a busca por caminhos mais efetivos para agirmos diante das atuais crises sanitária e climática.
“Acho que uma nova gastronomia que se desenha, tem sim que se preocupar com o meio-ambiente, ela tem qu...
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Intercâmbio de culturas alimentares
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Jovens do povo Tremembé da Barra do Mundaú viajaram do litoral oeste do Ceará até a terra indígena do povo Tabajara do Sertão dos Inhamuns, próximo a divisa com o estado do Piauí, para vivenciar o compartilhamento de experiências culturais.
O segundo intercâmbio realizado em 2022, com foco na cultura alimentar, aconteceu dessa vez na Aldeia Fidélis, localizada no município de Quiterianópolis, e proporcionou momentos de convivência entre as juventudes indígenas Tremembé e Tabajara, através do contato com seus sabores e fazeres tradicionais. As atividades previstas na programação, construída de forma participativa com as liderança...
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ÓSocioBio apresenta recomendações a presidenciáveis sobre economia sustentável
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Organizações socioambientalistas e movimentos sociais do campo, das florestas e das águas, reunidos no Observatório da Economia da Sociobiodiversidade (ÓSocioBio), em parceria com a Frente Parlamentar Ambientalista, apresentaram, no último dia 22 de junho em audiência da Comissão de Meio Ambiente do Senado, documento com recomendações ao próximo governo eleito.
O objetivo do...
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A comida fala
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A temática aqui trazida contempla muito da riqueza de reflexões experienciadas a partir da disciplina de Antropologia da Alimentação, ministrada em 2021, conjuntamente no curso de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e no curso de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pelotas. Isso se manifesta na própria distinção entre alimento e comida, trazida por DaMatta (1987), na perspectiva do alimento como algo universal, geral, enquanto a comida, por sua vez, “[…] manifesta especificidades, estabelece identidades”, relacionando-se diretamente à cultura, conforme destacam Amon e Menasche (2008, p. 15).
No dia a dia, manifestamos esses usos de modo espontâneo. Ao elogiarmos um prato saboroso, por exemplo, não diríamos “que alimento gost...
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Terra Madre Salone del Gusto | Terá como foco a RegenerAction
A 14ª edição do Terra Madre Salone del Gusto acontecerá em Turim, de 22 a 26 de setembro de 2022. O Terra Madre, o maior evento da rede Slow Food, é um exemplo vivo de como a comida pode representar uma ponte para a paz, mostrando como, através da inclusão e do intercâmbio, juntos, podemos cultivar um futuro melhor. O maior evento internacional dedicado às políticas alimentares, à agricultura sustentável e ao meio ambiente é organizado pelo Slow Food, a Região do Piemonte e a Prefeitura de Turim.
https://2022.terramadresalonedelgusto.com/en/press/terra-madre-salone-del-gusto-2022-programa/
#pressrelease
Comida, Comunidade e Regeneração
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Regeneração é o tema do Terra Madre – Salone del Gusto 2022, que tem como objetivo ressaltar o protagonismo da agricultura familiar camponesa, dos povos e comunidades tradicionais na produção de alimentos visando a segurança alimentar e nutricional e a busca por caminhos mais efetivos para agirmos diante das atuais crises sanitária e climática.
“Acho que uma nova gastronomia que se desenha, tem sim que se preocupar com o meio-am...
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Intercâmbio de culturas alimentares
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Jovens do povo Tremembé da Barra do Mundaú viajaram do litoral oeste do Ceará até a terra indígena do povo Tabajara do Sertão dos Inhamuns, próximo a divisa com o estado do Piauí, para vivenciar o compartilhamento de experiências culturais.
O segundo intercâmbio realizado em 2022, com foco na cultura alimentar, aconteceu dessa vez na Aldeia Fidélis, localizada no município de Quiterianópolis, e proporcionou momentos de convivência entre as juventudes indígenas Tremembé e Tabajara, através do contato com seus sabores e fazeres tradicionais. As atividades previstas na programação, construída de forma participativa com as lideranças Eleniza Tabajara e Mateus Tremembé, foram organizadas visando o empoderamento de jovens e mulheres com vistas ao resgate e à manutenção dos saberes e práticas que fortalecem a identidade cultural e territorial.
Desde a abertura do evento, rezando, cantando e dançando, os presentes evocaram a força de suas ancestralidades nos rituais Torém e Toré, expressões culturais relacionadas à espiritualidade do povo Tremembé e Tabajara, respectivamente. E, ao longo dos dias, outras manifestações como a dança do biri, o piseiro e o reisado promoveram ainda mais integração entre os dois povos indígenas.
Oportunidades como a vivência da pesca artesanal com tarrafa, que propiciou saborear os pescados ainda fresquinhos assados na brasa na beira do açude, a colheita de milho, da fava e do sorgo, além da visita aos aviários, concederam às juventudes a possibilidade de expandir a compreensão sobre a agricultura familiar praticada na região do Sertão dos Inhamuns e elucidaram a importância da valorização da sociobiodiversidade local como garantia de regeneração da qualidade de vida e acesso a uma alimentação boa, limpa e justa.
Outro momento de grande aprendizado foi a caça noturna com cachorros, uma tradição remanescente do povo Tabajara que vem sendo perdida com o passar dos anos, e que revelou o desafio de estar numa terra ainda não demarcada pelo governo federal, onde a comunidade vive com a presença de posseiros que provocam ameaças constantes, inclusive com a acentuada devastação da natureza.
“Ao todo, foram 4 dias de trocas constantes com os parentes Tabajara, num território diferente para nós Tremembé em muitas coisas, mas, principalmente, no clima, nos costumes e nos desafios com as políticas públicas” Mateus Tremembé
Para estimular a mobilização comunitária e ampliar a voz e o alcance das pautas relevantes e urgentes dos territórios, a comunicadora e ativista alimentar Nane Sampaio, integrante do movimento Slow Food, disponibilizou conteúdos para uma oficina de comunicação popular, que agregou ao repertório dos jovens uma variedade de técnicas comunicativas para atuação em rede e ferramentas disponíveis em aparelhos smartphones e aplicativos de mídias sociais.
A surpresa ficou por conta da oficina de preparos da cultura alimentar, promovida por Telma Carvalho, da Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco, que possibilitou o aprendizado de receitas de bolos e cocadas feitas de macaxeira, abastecendo com novos conhecimentos, aromas, cores, texturas e gostos o potencial de desenvolvimento de atividades econômicas das comunidades....
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Agroecologia nas eleições
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APRESENTAÇÃO
Aqui você encontra informações sobre a campanha de mobilização Agroecologia nas Eleições 2022, uma iniciativa de incidência política nas candidaturas federais e estaduais deste ano. Uma proposta conduzida pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) para dialogar e mostrar que existe sim um caminho possível para a construção e o fortalecimento das políticas públicas de futuro, com valorização da agricultura familiar camponesa, dos povos e comunidades tradicionais e da agroecologia. A campanha de mobilização busca fortalecer a defesa do meio ambiente e da soberania e segurança alimentar e nutricional, valorizando iniciativas da sociedade civil organizada e dando visibilidade às inúmeras experiências que existem em cada canto deste país.
REPA...
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Eleições 2022: Conferência Popular de SSAN lança Manifesto pela soberania alimentar e superação da Fome
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A Conferência Popular por Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional lança o manifesto pela Soberania Alimentar e Superação da Fome. O documento apresenta um conjunto de propostas voltadas para a produção, o abastecimento e o consumo de comida de verdade livre de agrotóxicos e de transgênicos, agroecológica, produzida pela agricultura familiar, povos indígenas, comunidades tradicionais e por comunidades negras. Clique aqui para baixar o documento na íntegra.
O manifesto tem como foco o conjunto da sociedade brasileira, eleitoras e eleitores, partidos políticos e candidaturas. A atividade de lançamento aconteceu no dia 13 de junho de 2022, de forma virtual, às 18h, e contou com apresentações artísticas, e uma mesa de debate com apresentação do manifesto pela soberania alimentar e superação da fome, com Edgar Moura (Amaral) (APNs) e Mariana Santarelli (FBSSAN), apresentação dos principais dados do Inquérito sobre Insegurança Alimentar, representante da Rede Brasileira de Pesquisadores por Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, debate com a participação de José Antonio Moroni (INESC), “Limites e possibilidades da renda básica” com Fórum Nacional da Economia Solidária ,“ Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional e economias transformadoras”, com a Dra. Miriam Balestro da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, e a síntese final, apresentada por Elisabetta Recine. Veja abaixo o lançamento no Youtube.
texto publicado originalmente no blog da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável
Primeiro encontro oficial da equipe de Coordenação do SFYN Academy Global aconteceu no Brasil
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A equipe de Coordenação do SFYN Academy Global se reuniu na cidade de Curitiba – Paraná, no sul do Brasil, durante a primeira semana de junho para sua primeira reunião oficial. O grupo que vem trabalhando online durante os últimos quatro anos para promover a metodologia do SFYN Academy, participou de um programa intenso de…
Lançamento do Observatório da Economia da Sociobiodiversidade (ÓSocioBio)
Slow Food Brasil (RSS)
Foto: ISPN
No dia 01/06, o Observatório da Economia da Sociobiodiversidade (ÓSocioBio) foi lançado no Congresso Nacional, por meio da parceria de instituições da sociedade civil com a Frente Parlamentar Ambientalista. À frente dessa iniciativa está o Instituto Socioambiental (ISA), Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) e WWF-Brasil, assim como, o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) e o Memorial Chico Mendes. A reunião de lançamento pode ser conferida no link: e contou com falas importantes do Dione Torquato (CNS), do deputado federal Nilto Tatto (SP) e de colegas de diversas instituições. A carta de apresentação do observatório pode ser acessada A carta de apresentação do observatório pode ser acessada neste link.
O movimento Slow Food, que é membro do observatório, tem acompanhado o debate de formação e o considera estratégico para o desenvolvimento das cadeias de valor que contribuam para o desenvolvimento territorial e a garantia de alimentos bons, limpos e justos para todos. Para o coordenador de parcerias institucionais e mobilização de recursos da Associação Slow Food no Brasil, Pedro Xavier, o ÓSocioBio, “por reunir ONGs socioambientalistas, movimentos sociais e populações tradicionais do Brasil, permite a potencialização das incidências políticas para garantir sustentabilidade no desenvolvimento socioeconômico brasileiro, sobretudo para Povos e Comunidades Tradicionais”.
Recentemente a Associação Slow Food do Brasil estabeleceu uma parceria para o desenvolvimento do projeto Sociobiodiversidade Amazônica com a Agência de Cooperação Técnica da Alemanha (GIZ). Este projeto acontece nos estados do Amazonas, Acre e Pará ao longo de 2022 e 2023 e tem apoio do projeto Bioeconomia e Cadeias de Valor, desenvolvido no âmbito da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, com apoio do Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha. Esperamos contribuir para o desenvolvimento de algumas cadeias de valor da sociobiodiversidade inseridas nesse projeto e no desenvolvimento de políticas públicas para a agricultura familiar, em especial da alimentação escolar.
Desta carta destacamos o seguinte trecho que consideramos estratégico para o desenvolvimento da economia da sociobiodiversidade:
“A economia da sociobiodiversidade, em contraste com a narrativa emergente da bioeconomia, tem como cerne a diversidade de seus povos, comunidades e territórios, a valorização dos conhecimentos tradicionais e da biodiversidade, o cuidado com o meio ambiente e os modos de vida. Também o protagonismo de mulheres e o estímulo ao engajamento da juventude distinguem a organização social que dá sustentação às cadeias da sociobiodiversidade e informam sobre o projeto de futuro que elas postulam: o de uma sociedade mais justa e democrática.
A qualificação das cadeias de produtos da sociobiodiversidade, com mais oportunidades de geração de renda, conciliadas à conservação dinâmica da biodiversidade, promove a manutenção de jovens em seus territórios e a preservação...
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Infográficos do projeto Sociobio Baiana
Slow Food Brasil (RSS)
Dentro do projeto Slow Food na defesa da Sociobiodiversidade e da Cultura Alimentar Baiana, elaboramos uma série de 10 infográficos abordando uma série de temas e ferramentas para facilitar o entendimento da atuação do movimento Slow Food em nosso país.
São 10 infográficos com os seguintes temas:
– Catálogos Slow Food
– O que é e como formar uma Comunidade Slow Food?
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Receita: Bolo de Puba
Slow Food Brasil (RSS)
A puba (ou carimã como conhecida em alguns lugares) é mais uma das maravilhas obtidas a partir da deusa da alimentação brasileira – a mandioca.
Por Bruna Mendes Oliveira (Comunidade Slow Food Beagá Pela Cultura Alimentar)
A massa puba consiste na massa da mandioca fermentada e é um item importante da mesa do sertanejo. Tem um sabor bem distinto, um pouco ácido por causa da fermentação. A puba fresca pode ser utilizada no preparo de bolos, biscoitos e mingaus, sendo um item bastante presente sobretudo no Norte e Nordeste, como o famoso bolo Souza Leão de Pernambuco.
Nascida e criada no sertão norte mineiro, logo cedo fui apresentada a esta iguaria. E ainda me surpreende a quantidade de pessoas que ainda não a conhecem. Na casa de Vó Cema, ela mesma fazia a puba. Me lembro bem do...
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Slow Food Indica
Slow Food Brasil (RSS)
Visibilidade e acesso a mercados mais competitivos para alimentos bons, limpos e justos
Mais um passo está sendo dado para qualificar a participação da agricultura familiar baiana em cenários de grande concorrência comercial. O acordo de cooperação técnica firmado entre o Governo da Bahia, o Slow Food Internacional e a Associação Slow Food do Brasil prevê a execução de um projeto dedicado à valorização dos produtos da agrobiodiversidade oriundos de organizações produtivas, com foco na aproximação de consumidores e na expansão da oferta na capital do estado.
Pactuado junto à Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à...
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Manifesto pela Soberania Alimentar e Superação da Fome
Slow Food Brasil (RSS)
Leia na íntegra o Manifesto pela Soberania Alimentar e Superação da Fome – Por um Brasil com democracia, direitos, dignidade e comida de verdade
A Conferência Popular por Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional manifesta-se ao conjunto da sociedade brasileira, eleitoras e eleitores, partidos políticos e candidaturas, apresentando um conjunto de propostas voltadas para a produção, o abastecimento e o consumo de comida de verdade livre de agrotóxicos e de transgênicos, agroecológica, produzida pela agricultura familiar, povos indígenas, comunidades tradicionais e por comuni...
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Primeiro encontro oficial da equipe de Coordenação do SFYN Academy Global aconteceu no Brasil
Slow Food Brasil (RSS)
A equipe de Coordenação do SFYN Academy Global se reuniu na cidade de Curitiba – Paraná, no sul do Brasil, durante a primeira semana de junho para sua primeira reunião oficial. O grupo que vem trabalhando online durante os últimos quatro anos para promover a metodologia do SFYN Academy, participou de um programa intenso de trabalho, palestra e visitas de campo.
O encontro aconteceu no Brasil, um dos países onde a rede jovem do Slow Food representa um grande exemplo de movimento de base. Além disso, o atual sistema alimentar brasileiro por um lado tem toda a riqueza da so...
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Receita: Bolo de Puba
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A puba (ou carimã como conhecida em alguns lugares) é mais uma das maravilhas obtidas a partir da deusa da alimentação brasileira – a mandioca.
Por Bruna Mendes Oliveira (Comunidade Slow Food Beagá Pela Cultura Alimentar)
A massa puba consiste na massa da mandioca fermentada e é um item importante da mesa do sertanejo. Tem um sabor bem distinto, um pouco ácido por causa da fermentação. A puba fresca pode ser utilizada no preparo de bolos, biscoitos e mingaus, sendo um item bastante presente sobretudo no Norte e Nordeste, como o famoso bolo Souza Leão de Pernambuco.
Nascida e criada no sertão norte mineiro, logo cedo fui apresentada a esta iguaria. E ainda me surpreende a quantidade de pessoas que ainda não a conhecem. Na casa de Vó Cema, ela mesma fazia a puba...
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Slow Food Indica
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Visibilidade e acesso a mercados mais competitivos para alimentos bons, limpos e justos
Mais um passo está sendo dado para qualificar a participação da agricultura familiar baiana em cenários de grande concorrência comercial. O acordo de cooperação técnica firmado entre o Governo da Bahia, o Slow Food Internacional e a Associação Slow Food do Brasil prevê a execução de um projeto dedicado à valorização dos produtos da agrobiodiversidade oriundos de organizações produtivas, com foco na aproximação de consumidores e na expansão da oferta na capital do estado.
Pactuado junto à Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), a proposta do “Slow Food Indica” é dar suporte ao processo de comercialização, rastreabilidade e divulgação dos alimentos produzidos por agroindústrias que serão disponibilizados em um circuito sistematizado de pontos de venda em Salvador e região metropolitana.
Tendo como referência as diretrizes do movimento Slow Food, e sua atuação no Brasil, foram realizadas duas rodadas de diálogos elucidativos com cada uma das instituições indicadas pela Coordenação de Inteligência de Mercado do Bahia Produtiva. O objetivo, nessa primeira etapa, foi compreender a diversidade das cadeias produtivas e identificar os empreendimentos e alimentos convergentes, além da coleta de informações para subsidiar o desenvolvimento das estratégias de comunicação e marketing direcionadas à promoção nos estabelecimentos comerciais a serem mapeados.
Etiquetas Narrativas
O aumento da procura por uma alimentação saudável, livre de transgênicos e agrotóxicos, e consumidores despertando cada vez mais quanto aos impactos ambientais e sociais de suas escolhas, revela uma abertura no mercado soteropolitano para criar condições sustentáveis de relacionamento entre campo e cidade. Uma oportunidade, pela perspectiva do Slow Food Indica, de destacar aqueles produtos autênticos das cooperativas e associações do território, que possuem, além das qualidades organolépticas e nutricionais naturais preservadas, valores intrínsecos por fomentar práticas e saberes tradicionais das famílias trabalhadoras e guardiãs da biodiversidade da Bahia.
Com a intenção de reduzir as distâncias geográficas até o consumidor final e cultivar na cidade experiências de consumo consciente, serão construídas Etiquetas Narrativas para apresentar a realidade da produção, como técnicas de cultivo, criação e processamento, além de expressar sobre os contextos culturais e identitários. Uma ferramenta informativa, que atua diretamente na relação entre quem produz e quem consome, contando uma história viva, que agrega valor de verdade ao produto e dá ainda mais gosto e prazer na hora de comprar.
Intercâmbio de culturas alimentares
Slow Food Brasil (RSS)
Jovens do povo Tremembé da Barra do Mundaú viajaram do litoral oeste do Ceará até a terra indígena do povo Tabajara do Sertão dos Inhamuns, próximo a divisa com o estado do Piauí, para vivenciar o compartilhamento de experiências culturais.
O segundo intercâmbio realizado em 2022, com foco na cultura alimentar, aconteceu dessa vez na Aldeia Fidélis, localizada no município de Quiterianópolis, e proporcionou momentos de convivência entre as juventudes indígenas Tremembé e Tabajara, através do contato com seus sabores e fazeres tradicionais. As atividades previstas na programação, construída de forma participativa com as lideranças Eleniza Tabajara e Mateus Tremembé, foram organizadas visando o empoderamento de jovens e mulheres com vistas ao resgate e à manutenção dos saberes e práticas que fortalecem a identidade cultural e territorial.
Desde a abertura do evento, rezando, cantando e dançando, os presentes evocaram a força de suas ancestralidades nos rituais Torém e Toré, expressões culturais relacionadas à espiritualidade do povo Tremembé e Tabajara, respectivamente. E, ao longo dos dias, outras manifestações como a dança do biri, o piseiro e o reisado promoveram ainda mais integração entre os dois povos indígenas.
Oportunidades como a vivência da pesca artesanal com tarrafa, que propiciou saborear os pescados ainda fresquinhos assados na brasa na beira do açude, a colheita de milho, da fava e do sorgo, além da visita aos aviários, concederam às juventudes a possibilidade de expandir a compreensão sobre a agricultura familiar praticada na região do Sertão dos Inhamuns e elucidaram a importância da valorização da sociobiodiversidade local como garantia de regeneração da qualidade de vida e acesso a uma alimentação boa, limpa e justa.
Outro momento de grande aprendizado foi a caça noturna com cachorros, uma tradição remanescente do povo Tabajara que vem sendo perdida com o passar dos anos, e que revelou o desafio de estar numa terra ainda não demarcada pelo governo federal, onde a comunidade vive com a presença de posseiros que provocam ameaças constantes, inclusive com a acentuada devastação da natureza.
“Ao todo, foram 4 dias de trocas constantes com os parentes Tabajara, num território diferente para nós Tremembé em muitas coisas, mas, principalmente, no clima, nos costumes e nos desafios com as políticas públicas” Mateus Tremembé
Para estimular a mobilização comunitária e ampliar a voz e o alcance das pautas relevantes e urgentes dos territórios, a comunicadora e ativista alimentar Nane Sampaio, integrante do movimento Slow Food, disponibilizou conteúdos para uma oficina de comunicação popular, que agregou ao repertório dos jovens uma variedade de técnicas comunicativas para atuação em rede e ferramentas disponíveis em aparelhos smartphones e aplicativos de mídias sociais.
A surpresa ficou por conta da oficina de preparos da cultura alimentar, promovida por Telma Carvalho, da Escola de Gastronomia Social Ivens Dias Branco, que possibilitou o aprendizado de receitas de bolos e cocadas feitas de macaxeira, abastecendo com novos conhecimentos, aromas, cores, texturas e gostos o potencial de desenvolvimento de atividades econômicas das comunidades....
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Manifesto pela Soberania Alimentar e Superação da Fome
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Leia na íntegra o Manifesto pela Soberania Alimentar e Superação da Fome – Por um Brasil com democracia, direitos, dignidade e comida de verdade
A Conferência Popular por Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional manifesta-se ao conjunto da sociedade brasileira, eleitoras e eleitores, partidos políticos e candidaturas, apresentando um conjunto de propostas voltadas para a produção, o abastecimento e o consumo de comida de verdade livre de agrotóxicos e de transgênicos, agroecológica, produzida pela agricultura familiar, povos indígenas, comunidades tradicionais e por comunidades negras.
A Conferência formada por um conjunto de movimentos sociais, organizações da sociedade civil e coletivos, constitui-se como movimento permanente de resistência à fome e à extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) e contestação às violações de direitos, racismo estrutural e ameaças à vida. Atua na mobilização social e incidência política, com posições expressas em documentos de referência, cartas públicas, tendo como destaque a realização do Tribunal Popular da Fome, realizado com o objetivo de denunciar a omissão do atual governo no enfrentamento da fome, dentre outras violações ao Direito Humano à Alimentação Adequada (DHAA), o que resultou em uma sentença de condenação e reparação.
Contexto
O Brasil vive, desde o golpe político-jurídico de 2016, retrocessos estruturais, em razão do congelamento do teto dos gastos (Emenda Constitucional 95), da subordinação das políticas nacionais aos interesses predatórios do agronegócio, das mineradoras e do sistema financeiro, e da desestruturação da rede de proteção social, do desmantelamento dos sistemas nacionais de proteção social, Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), a fragilização do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e do Sistema Único de Saúde (SUS).
Os retrocessos democráticos e de direitos são fruto do crescimento do campo ideológico e institucional conservador e de uma agenda econômica ultraneoliberal. Esse processo tem promovido desemprego, precarização do trabalho, empobrecimento da população, aumento da vulnerabilidade social e da violência, desvalorização do salário mínimo, aumento da inflação, dentre outros impactos negativos que afetam de forma drástica as mulheres, as populações negras e tradicionais que vivem no campo e nas periferias e as pessoas LGBTQI+.
A pandemia de Covid-19, reflexo das atuais formas de produção e consumo e do atual desequilíbrio ambiental, matou mais de 660 mil pessoas no Brasil e potencializou a crise econômica, as desigualdades sociais, étnico raciais e de gênero, acentuando gravemente a crise alimentar. O preço dos alimentos não para de aumentar e mais da metade da população está em situação de insegurança alimentar. 33,1 milhões de pessoas estão com fome, o que nos leva a patamares de insegurança alimentar grave anteriores à década de 1990.
O Brasil enfrenta, também, uma das piores crises ambientais de sua história. No Congresso avançaram vários Projetos de Lei que ameaçam a vida e os direitos. O contexto de emergência climática contribui para eventos extremos que resultam em perda de vidas, danos materiais escassez e aumento dos preços de alimentos e graves problemas de saúde.
Leia na íntegra o...
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ÓSocioBio apresenta recomendações a presidenciáveis sobre economia sustentável
Slow Food Brasil (RSS)
Organizações socioambientalistas e movimentos sociais do campo, das florestas e das águas, reunidos no Observatório da Economia da Sociobiodiversidade (ÓSocioBio), em parceria com a Frente Parlamentar Ambientalista, apresentaram, no último dia 22 de junho em audiência da Comissão de Meio Ambiente do Senado, documento com recomendações ao próximo governo eleito. O objetivo do evento é…
Manifestação contra crédito da IFC para Louis Dreyfus Company do Brasil para expansão de soja e milho no Cerrado
Slow Food Brasil (RSS)
Slow Food Brasil se une a mais de 225 outras organizações em carta conjunta direcionada aos diretores da IFC pela NÃO aprovação de crédito de U$200 mi a LDC, o que agravaria ainda mais a devastação e os conflitos de terras no…